Auto-regulação da aprendizagem
fatores de interação na sala de aula e utilização de estratégias de aprendizagem
Resumo
Os processos de autorregulação da aprendizagem (ARA) envolve capacidades comportamentais, cognitivas e motivacionais. O desenvolvimento de uma maior autorregulação acadêmica é assocido a um melhor desempenho acadêmico. Os alunos “auto-regulados” são aqueles que se esforçam para regular, gerenciar e controlar sua própria cognição, comportamento e motivação sob a influência de fatores contextuais. No entanto, pesquisas que abordam os efeitos do contexto de aprendizagem nas habilidades pessoais para ARA e no uso de estratégias de aprendizagem, são escassos. Nesse sentido, o presente trabalho representa um avanço de uma investigação em andamento. Seu objetivo é investigar os padrões de relação existentes entre alguns fatores de interação na sala de aula e o uso de estratégias de aprendizagem pelos estudantes universitários da cidade do Paraná, Argentina. esta pesquisa é quantitativa, descritivo-correlacional e transversal. Para avaliar a interação na sala de aula (indicadores de interação professor-aluno e interação aluno-pares, foi utilizada a Escala de Atribución de Motivación de Logro Modificada (EAML-M) (Morales-Bueno e Gómez-Nocetti, 2009). As estratégias de aprendizagem representam o principal componente cognitivo da ARA. Sua avaliação foi realizada com o Motivated Strategies Learning Questionnaire (MSLQ-e) em sua versão adaptado para o espanhol e escalado na população argentina (Donolo e Rinaudo, 2008). Foi elaborado um teste piloto com uma amostra não probabilística do tipo intencional, composta por 48 estudantes universitários de psicologia, sendo 85% (N=41) dos participantes do sexo feminino e 15% do sexo masculino (N= 7). A faixa etária dos alunos variou entre 8 e 31 anos (SD=2.250), seno a média de 19. Em relação ao procedimento de análise dos dados, foram realizadas estatísticas descritivas que lançaram maiores médias de interação professor-aluno (M=20,79, DP=3,741) seguida pelo interação colaborativa com pares (M= 17,38 DP=3,480) e interação para melhorar a habilidades de aprendizagem (M=10,81, DP=3,711). Em relação às estratégias de aprendizagem relacionadas aos fatores de contexto, a maior média foi observada para gestão do tempo e do ambiente (M=37,43; DP=3,341), seguida por busca de ajuda (M=19,37; DP=3,466) e aprendizagem entre pares (M=12,10; DP =4,059). Os dois últimos envolvem aspectos interacionais aluno-professor e aluno-pares. Cada uma das variáveis mencionadas obteve escores de distribuição normal e homogeneidade de variâncias. Por outro lado, alguns dos indicadores de interação na sala de aula correlacionaram-se significativamente com algumas das estratégias de aprendizagem de autorregulação. Refira-se que: a) Os alunos com maiores taxas de procura de ajuda e aprendizagem com os pares desenvolvem maior capacidade de autorregulação académica. b) Os processos de feedback e diálogo entre professores-alunos têm grande valor pedagógico e são considerados comportamentos estratégicos para a aprendizagem. c) É possível aumentar a capacidade reguladora dos alunos em algumas das suas dimensões promovendo-as no contexto na sala de aula. Com base nas evidências e antecedentes apresentados, expõe-se o desafio que a educação enfrenta para promover contextos ou ambientes ideais para a aprendizagem.
Palavras-chave: Autorregulação da Aprendizagem; Interação em sala na aula; Estratégias de aprendizagem; Estudantes universitários.
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