Análise da participação e relevância do trabalho do cirurgião-dentista em equipes multidisciplinares nas Unidades de Tratamento Intensivo
Resumo
Pacientes em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) estão sujeitos a infecções sistêmicas constantes como pneumonias associadas, devido às condições susceptíveis da relação entre a microbiota oral e saúde sistêmica, sobretudo os intubados que possuem maior probabilidade de riscos eminentes. O trabalho do Cirurgião Dentista (CD) em UTIs tem como objetivo preconizar, por meio da profilaxia, que afecções bucais não afetem órgãos vitais, uma vez que a saúde bucal está diretamente relacionada à saúde sistêmica do paciente. Em 10/04/2013, o Projeto de Lei 2.776/08, que prevê a obrigatoriedade do CD nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) em âmbitos hospitalares da rede pública e privada, de autoria do Deputado Federal Neilton Mulim, teve parecer favorável na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), da Câmara dos Deputados, que segue em tramitação e aguarda análise do plenário. O objetivo do presente artigo foi analisar, com base em bibliografias, leis e documentos oficiais, a atividade do CD e profissionais responsáveis pela higiene bucal nos pacientes e seus conhecimentos para sua realização. A metodologia foi um questionário semiestruturado com ênfase nos aspectos relativos ao tema, destinado a um responsável pela higiene bucal de cada uma das oito instituições participantes. Como resultado, em 75% das instituições, as equipes multidisciplinares de UTI não possuíam CD. Em 62,5% o enfermeiro era o responsável pela higiene bucal dos hospitalizados. Este procedimento era realizado 2 vezes ao dia em 37,5% das instituições e todos estes profissionais receberam orientações sobre a ação. Um alto percentual de pacientes hospitalizados desenvolve enfermidades bucais como gengivite, cálculo, cárie e mau hálito, pois em apenas 50% dos âmbitos hospitalares eles são tratados adequadamente, quando possui equipes compostas por profissionais capacitados. Evidências científicas comprovam a necessidade de um cirurgião-dentista atuando em UTIs, fato este corroborado por 100% dos entrevistados. Contudo, esta não é uma realidade que prevalece em sua maior parte, o que dificulta o protocolo de atendimento profilático e de manutenção de saúde para obter um melhor prognóstico.
Palavras-Chaves: Equipe multidisciplinar; UTIs; Protocolos Clínicos.
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