Linfoma

Autores

  • Anibal Carlos Silva Pioli
  • Henrique Jonatha Tavares

Resumo

O Linfoma, linfossarcoma ou linfoma não Hodgkin, é uma neoplasia maligna de maior ocorrência em órgãos hematopoiéticos como baço, fígado e linfonodos e podendo acometer também sistema nervoso central, coração, ossos, cavidade nasal, globo ocular e pele, devido a migração constante dos linfócitos pelos diferentes tecidos no organismo.            O linfoma pode afetar todas as espécies animais domésticas, mas com maior incidência em gatos, representando 90% dos tumores hematopoiéticos que afetam a espécie. O linfoma pode ser classificado pelo tipo de linfócito que acomete ou pela sua localização, sendo essa a mais utilizada pelos clínicos (multicêntrico, alimentar, mediastínico e extranodal). O objetivo deste trabalho é descrever os principais sinais clínicos do linfoma e evidenciar as formas de diagnóstico histológico. Os sinais clínicos variam conforme o órgão afetado, sendo os mais comuns a linfadenopatia, anorexia, apatia, perda de peso, esplenomegalia e hepatomegalia, caquexia, aumento nos linfonodos, febre, desidratação, ascite, edema localizado, palidez nas mucosas e icterícia. No multicêntricos são comuns ainda diarréia, esteatorréia e caquexia e nos alimentares dispneia, taquipneia, tosse, regurgitação, cianose e alterações nas auscultas pulmonar e cardíaca. Durante a necropsia pode-se observar macroscopicamente aumento no volume e alterações na coloração dos linfonodos (cinza, amarelada, levemente vermelha ou branca e sem delimitação córtico-medular), além da hepatomegalia e esplenomegalia. Microscopicamente evidenciam-se células com pouca ou nenhuma diferenciação, pleomorfismo celular e alteração na proporção núcleo/citoplasma. O linfoma pode ser diagnosticado através de um exame físico onde se avaliam os sinais clínicos associados a exames laboratoriais e imagiológicos, com confirmação pelo exame citológico por punção aspirativa, perfil hematológico e histopatologia através de biópsia ou coleta de tecido durante a necropsia. Há vários esquemas de classificação histológica no linfoma não-Hodgkin com o objetivo de ligar o tipo de célula ao prognóstico. Em linfomas de baixo grau de malignidade pode ocorrer remissão completa em semanas sendo de progressão lenta em cães quando expostos à quimioterapia não agressiva. Já em linfomas de alto grau de malignidade respondem positivamente à quimioterapia. Entretanto, se a terapia efetiva não for realizada a tempo aumenta-se o risco de morte do animal. Logo, entende-se a necessidade de um diagnóstico rápido para se estabelecer o prognóstico e opções de tratamento mais adequadas.

Palavras-chave: Linfócitos; Neoplasia; Tumor maligno.

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Publicado

2022-12-30