Fisioterapia em paciente politraumatizado

Autores

  • Hemily Almeida Farias
  • Paulo Vinicius
  • Sandra Magali Heberle

Resumo

Segundo algumas pesquisas, a incidência mais frequente de pacientes politraumatizados em uti ou emergência, está relacionada a acidentes de trânsito, atrelado a pessoas relativamente jovens do sexo masculino. Os traumas mais comuns são cranioencefálicos e torácicos, normalmente acometendo também a locomoção do paciente. O politrauma é o resultado de múltiplas lesões com reações sistêmicas que podem levar à falência ou disfunção de órgãos ou sistemas vitais. As vítimas de trauma são consideradas graves, pois sua condição pode se deteriorar rapidamente, atingindo várias partes do corpo e colocando em risco de morte. Dessa forma, a gravitação da lesão é determinada pelas lesões que podem ser menores ou maiores, respectivamente, quando acometem um único sistema, ou maiores quando as lesões acometem vários sistemas. São lesões que podem acometer diferentes regiões anatômicas. Doenças decorrentes de lesões traumáticas resultam em uma alta necessidade de serviços de emergência e cuidados intensivos. Encontrar soluções alternativas para apoiar, ajudar e reintegrar esse indivíduo na sociedade torna-se um desafio constante. A fisioterapia, ciência dedicada a promover a restauração e preservação da função por meio do movimento humano e suas variáveis, enquadra-se bem nesta nova perspectiva de cuidado e gestão em equipe multidisciplinar que atua na unidade de terapia intensiva (UTI). Para o manejo e cuidado desses pacientes, é imprescindível a interação da equipe, para melhor análise de tratamento do mesmo. Pessoas com múltiplas lesões muitas vezes necessitam de uma longa permanência hospitalar, levando à deterioração total, como perda de força muscular e limitação articular causada pela lesão. Pacientes acamados também são propensos a outras complicações após o trauma do ponto de vista circulatório e respiratório, como tromboembolismo, distúrbios pulmonares (trombose pulmonar, pneumonia), etc. Nesse contexto, a fisioterapia intervém em diversas condições terapêuticas, tais como: pacientes críticos em respiração espontânea; apoio no período pré e pós-operatório; prevenção de complicações respiratórias, circulatórias e motoras; e apoiar pacientes criticamente doentes que necessitam de suporte ventilatório invasivo ou não invasivo. A implementação precoce da fisioterapia também inclui atividades terapêuticas nas diversas condições funcionais do paciente, como exercícios de mobilidade no leito, ortopedia, transferência de cadeira e deambulação. No entanto, o fato de o politraumatismo envolver lesões complexas em diferentes regiões anatômicas significa que uma ampla gama de desafios pode ser encontrada quando se considera a mobilização precoce e a fisioterapia para essas condições. Presença de lesões específicas e/ou recursos utilizados para tratar lesões secundárias ao trauma, como paralisia, síndrome compartimental, presença de sítios de enxerto, instabilidade de fraturas não tratadas com cirurgia, dor de difícil manejo, talas, fixação externa, tração e imobilização os dispositivos podem limitar temporariamente ou prejudicar a mobilidade precoce do paciente. A fisioterapia tem como objetivo primordial a redução do tempo de cama, por meio de técnicas que possibilitem o controle da dor e do edema presentes, e a prevenção de complicações circulatórias, respiratórias, esqueléticas e osteomioarticulares, uma vez que a lesão pós-traumática é uma das principais complicações. A fisioterapia é um componente do processo de reabilitação e reabilitação de um paciente após politraumatismos e internações hospitalares.

Palavras-chave: Politrauma; Fisioterapia; Paciente.

Downloads

Publicado

2022-12-30