Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e a importância da fisioterapia

Resumo

A presente pesquisa aborda os principais pontos no que diz respeito à patologia DPOC e suas possíveis manifestações sistêmicas, abordando a importância das intervenções fisioterapêuticas para o tratamento e reabilitação destes pacientes. A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica – DPOC é um processo inflamatório crônico e progressivo que ocorre no pulmão em decorrência da inalação de partículas de gases tóxicos, especialmente o tabagismo, os quais produzem alterações resultando na obstrução fixa limitando o fluxo expiratório ocasionando dispneia, tosse, presença de expectoração crônica, sibilos, e aspecto de tórax de tonel, sensação de cansaço, fraqueza muscular dos membros inferiores e nos músculos respiratórios, comprometimento cardiovascular, perda de peso, e predispor à associação a outras doenças. Cerca de 80% dos casos de DPOC são tratados em ambiente domiciliar e ambulatorial, porém em casos graves é indicada a hospitalização, onde o tratamento além do farmacológico inclui o manejo terapêutico desses indivíduos em programas de reabilitação pulmonar. De acordo com a Resolução n° 400, de 03 de agosto de 2011, do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) que disciplina a especialidade profissional de Fisioterapia Respiratória e dá outras providências, são necessários os domínios de algumas competências para o exercício dessa especialidade profissional. Dentre essas competências estão: avaliação física e cinesiofuncional do sistema cardiorrespiratório e neuromusculoesquelético; aplicação e interpretação de escalas e testes funcionais; execução de medidas de prevenção, redução de risco e descondicionamento cardiorrespiratório; planejamento e execução de estratégias que visem manter maior funcionalidade e autonomia; aplicação de métodos, remoção de secreção, fortalecimento muscular, recondicionamento cardiorrespiratório e suporte ventilatório entre outros. Na fisioterapia respiratória, algumas técnicas são: a vibrocompressão; o incentivo da tosse ou huffing; a drenagem autógena; a respiração diafragmática; o condicionamento cardiorrespiratório e físico; exercícios de flexibilidade, força e endurance muscular. Diante disto, o profissional fisioterapeuta torna-se um componente de suma importância, tanto na abordagem ambulatorial, quanto no tratamento de pacientes hospitalizados, agindo com medidas preventivas, visando retardar a progressão da doença e garantir melhor bem-estar e independência possível ao paciente.

Palavras-chave: Fisioterapia; Tratamento; DPOC.