Hipotireoidismo

impacto da doença na sociedade

Autores

  • Thiago Cruz da Costa
  • Bruna Amorin

Resumo

O hipotireoidismo é caracterizado como a deficiência na produção ou na atuação dos hormônios tireoidianos, no qual tem como a causa mais frequente o hipotireoidismo de situação autoimune denominada Tireoidite de Hashimoto, a qual é uma doença em que há produção de anticorpos os quais atacam as células saudáveis. Diante disso, o objetivo desse resumo é discutir e compreender a definição fisiopatológica dessa doença. Os bancos de dados utilizados foram o Scielo e Google Acadêmico e nas duas fontes de pesquisas foi optado pela utilização de artigos científicos com os descritores: hipotireoidismo, tireoidite de hashimoto, doenças na tireoide, ambos nos idiomas em português. O sistema endócrino regula diversas funções do organismo humano, baseando-se na ação dos hormônios, no qual têm ações específicas em órgãos denominados como "alvos". Os órgãos que secretam os hormônios diretamente na corrente sanguínea, são denominadas glândulas endócrinas, e a tireoide é uma dessas glândulas, onde ocorre a secreção e produção dos hormônios T3 e T4 na corrente sanguínea. O hipotireoidismo primário, ocasiona-se decorrente da queda dos hormônios tireoidianos, tiroxina (T4) e triiodotironina (T3) e, também, é caracterizado por uma alta concentração sérica de hormônio estimulante da tireoide (TSH) e uma baixa concentração sérica de tiroxina livre. Uma das causas mais comum de dano dessa glândula é a Tireoidite de Hashimoto, caracterizando-se como hipotireoidismo adquirido com ou sem bócio e, também, é uma inflamação na tireoide que faz com que a glândula diminua a produção dos seus hormônios, assim, pela baixa de T3 e T4, gera-se a produção de TSH pela hipófise. O hipotireoidismo pode ser diagnosticado através do exame clínico e laboratorial. No exame clínico o médico pode observar os seguintes sintomas (fadiga, cansaço, sonolência, sensibilidade ao frio, queda de cabelo, ressecamento de pele, rouquidão, entre outras manifestações). Já no exame laboratorial, muito utilizado o de sangue, é avaliado a concentração sérica de TSH, se este hormônio apresentar uma alta dosagem, além do valor sérico baixo de T4 livre, podendo-se desta forma, diagnosticar o hipotireoidismo primário. Para os pacientes com suspeita de tireoidite de Hashimoto ou outras doenças autoimunes da tireoide, podem ser solicitados exames de imagens como a ultrassonografia, que auxilia nas identificações dos pseudonódulos tireoidianos e avaliação dos anticorpos tireoidianos. Em vista disso, o tratamento é baseado na reposição hormonal com levotiroxina sódica. Em casos específicos o paciente pode ser considerado a receber doses mais altas de reposição, como hipotiroidismo resultante de tireoidite crônica autoimune, tireoidectomia total e em gestantes. Com isso, para avaliar a reposição hormonal, deve ser solicitada a dosagem de TSH após seis semanas do início do tratamento. Conclui-se, portanto, que o hipotireoidismo pode acarretar em diversas manifestações, dificultando o bem estar, mas junto do diagnóstico, agregado ao tratamento de reposição hormonal e o acompanhamento médico, o paciente terá qualidade de vida.

Palavras-chave: Hipotireoidismo; Tireoide; Tireoidite de hashimoto.

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Publicado

2022-12-30