Racismo estrutural até quando?
Resumo
Esta pesquisa está em andamento, tem como objetivo demostrar o conceito de racismo estrutural no Brasil. A metodologia é qualitativa, dedutiva. O procedimento metodológico foi através de sites e artigos da internet. Este ano de 2022 comemoraram-se no Brasil 200 anos de sua independência, um marco à nação, mas com essa história não podemos deixar de analisar o quanto de conceitos foram trazidos devido à cultura escravagista que a nossa federação carrega, foram 300 anos, na América Latina foi o último país a abolir, em 1888. Depois de mais de um século, ficou enraizado no inconsciente coletivo da sociedade brasileira um pensamento que marginaliza as pessoas negras, as impede de se constituírem como cidadãs plenas. “o racismo é a manifestação normal de uma sociedade e não um fenômeno patológico ou que expressa algum tipo de anormalidade”. Por mais que vimos este assunto em ascensão e muitas literaturas trazendo a tona sobre o racismo institucional, devemos ter o conhecimento de que são fenômenos diferentes o institucional com o estrutural, isso a importância de tratarmos deste assunto. A tona é que o racismo é sempre estrutural, ou seja, de que a situação em si integra as organizações econômicas e políticas da sociedade, assim devemos tratar este assunto com respeito à possibilidade de se instituir, na prática educativa, uma analogia entre aprender conhecimentos teoricamente sistematizados (aprender sobre a realidade) e as questões da vida real (aprender na realidade e da realidade), pois este problema formal trás um emaranhado de violência contra jovens, homens e mulheres negras que hoje estão encarcerados. Os números comprovam: No Brasil, pessoas negras são mortas com mais frequência que pessoas não negras: os negros representam 75% das vítimas de homicídio, segundo o Atlas da Violência de 2019 do IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. O conceito de racismo estrutural como evidencia o advogado Silvio Almeida em seu livro “Racismo Estrutural” é um desdobramento de um processo político e um processo histórico. Político, pois sem ele não conseguiríamos atingir grupos sociais inteiros; Histórico porque estão ligadas as peculiaridades de cada formação social. Está presente na sociedade, na vida cotidiana das pessoas, e estão facilmente a reproduzir as práticas racistas já tidas como “normais” em todos os lugares, trás a baila uma naturalização de ações, hábitos, situações, falas e pensamentos que já fazem parte da vida cotidiana do povo brasileiro, e que promovem, direta ou indiretamente, a segregação ou o preconceito racial. Um processo que atinge tão duramente — e diariamente — a população negra. Estão normalizadas frases e atitudes de cunho racista e preconceituoso. São piadas que associam negros a situações vexatórias, degradantes ou criminosas. Ou atitudes baseadas em preconceitos, como desconfiar da índole de alguém pela cor de sua pele. Outra forma comum de racismo é a adoção de eufemismos para fazer referência a negros ou pretos, como as palavras “moreno” e “pessoa de cor”. Essa atitude evidencia um desconforto das pessoas, em geral, ao utilizar as palavras “negro” ou “preto” pelo estigma social que a população negra recebeu ao longo dos anos. Essas ações reverberam nas instituições públicas e privadas. Conforme exposto estamos diante um avanço, mas devemos entender duas questões importantes 1) é que o racismo não se limita apenas na representatividade. É de suma importância a presença e a ocupação dos espaços pelo negro, mas isso não significa que a instituição deixará de atuar de forma racista, e 2) É dever de uma instituição que realmente se preocupe com a questão racial investir na adoção de políticas internas que visem; a) promover a igualdade e a diversidade em suas relações internas e com o público externo - por exemplo, na publicidade; b) remover obstáculos para a ascensão de minorias em posições de direção e de prestígio na instituição; c) manter espaços permanentes para debates e eventual revisão de práticas institucionais; d) promover o acolhimento e possível composição de conflitos raciais.
Palavras-chave: Brasil, Racismo estrutural, sociedade.
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