Passagem de sonda vesical de demora e o risco de infecção
um relato de experiência
Resumo
Infecções em Unidade de cuidados especiais (UCE) estão associadas à gravidade clínica dos pacientes com o uso de procedimentos invasivos, como a sondagem vesical. A passagem de sonda vesical fundamentalmente é responsabilidade do enfermeiro, segundo a Resolução COFEN-RS nº 450/2013, no desenvolvimento do seu exercício profissional. Existem algumas intervenções de enfermagem que fortemente influenciam para evitar as causas de infecção e os riscos ao paciente submetido à sondagem vesical: remoção precoce do cateter, fixação do cateter, higiene íntima, manutenção do cateter, técnica estéril e higienização das mãos. A infecção do trato urinário (ITU) é responsável por mais de 30% de todas as infecções relacionadas à assistência à saúde, estando em sua totalidade relacionadas à instrumentação do trato urinário, fator de risco isolado mais importante e que predispõe os pacientes à infecção. É importante que a equipe de enfermagem esteja atenta sobre o risco que a sondagem vesical de demora representa para o paciente se não seguir corretamente os cuidados referentes a técnica. Objetivo: Observar a execução correta da técnica de passagem da sonda vesical de demora pelo enfermeiro e acadêmico de enfermagem. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência a partir das atividades vivenciadas na UCE, na disciplina de paciente crítico no mês de setembro de 2021, em um hospital da região metropolitana de Porto Alegre. Resultados: Deve-se atentar para alguns cuidados indispensáveis na higienização e manutenção dela, como a utilização do campo fenestrado, das luvas estéreis e ainda a higienização correta das mãos do enfermeiro e do meato da uretra do paciente, para evitar a infecção do trato urinário. Para amenizar a ocorrência de lesões no local, é indicado o uso do gel lubrificante e ao tracionar, alerta-se para a força aplicada. Deve-se salientar a importância de protocolos na unidade. Considerações finais: A passagem da sonda vesical é um procedimento que beneficia o paciente em várias situações clínicas, apesar das complicações inerentes à sua utilização. O papel do enfermeiro e equipe na prevenção das complicações é essencial. Esses profissionais devem adotar diretrizes baseadas em evidências para garantir a qualidade da assistência e minimizar a ocorrência de complicações. É necessário mais estudos e capacitações que abordem essa temática no meio acadêmico e na unidade em questão, como forma de reciclagem do conhecimento.
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