5. NARRATIVIDADE, COERÊNCIA E NORMATIVIDADE. NOTAS A PARTIR DE O ESTRANGEIRO, DE ALBERT CAMUS
DOI:
https://doi.org/10.17793/rdd.v5i9.1051Palavras-chave:
coerência, narratividade, direito e literatura, Albert Camus, O estrangeiroResumo
O presente ensaio busca investigar as implicações entre narratividade, normatividade e coerência a partir do romance O estrangeiro (1942), do escritor franco-argelino Albert Camus. Destaca-se a noção de ausência de coerência narrativa do protagonista-narrador da obra, Mersault como forma de demonstrar a natureza comunicativa e linguística do direito, e das implicações desse fenômeno. Procura-se, com isso, sublinhar a importância da narratividade no direito, e de como isso se apresenta como condição de possibilidade para compreensão de determinados fenômenos jurídicos.
Referências
ARONSON, Ronald. Camus e Sartre. O polêmico fim de uma amizade no pós-guerra. São Paulo: Nova Fronteira, 2007.
BIENVENISTE, Émile. Le vocabulaire des institutions indo-européenes. 2. Pouvoir, droit, religion. Paris: Les Éditions de Minuit, 1969.
BINDER, Guyora; WEISBERG, Robert. Literary criticism of law. Princeton: Princeton University Press, 2000.
CAMUS, Albert. L’étranger. Paris: Éditions Gallimard, 1957.
CAMUS, Albert. Les justes. Paris: Gallimard, 1977.
COVER, Robert. Narrative, violence and the law. Michigan: The University of Michigan Press, 2004.
JACKSON, Bernard S. Law, fact and narrative coherence. Merseyside: Deborah Charles Publications, 1988.
______. Making sense in law. Linguistic, psychological and semiotic perspectives. Liverpool: Deborah Charles Publications, 1995.
JUNQUEIRA, Eliane Botelho. Literatura & Direito. Uma outra leitura do mundo das leis. Rio de Janeiro: Letra Capital, 1998.
GONZÁLEZ, José Calvo. La justicia como relato. Ensayo de una semionarrativa sobre los jueces. Málaga: Editorial Ágora, 2002.
MAGRIS, Claudio. Literatura y derecho ante la ley. Madrid: Sexto Piso, 2008.
MARÍ, Enrique Eduardo. La teoria de las ficciones. Buenos Aires: EUDEBA, 2002.
MARQUES NETO, Agostinho Ramalho. O estrangeiro: a justiça absurda. In: COUTINHO, Jacinto Nelson Miranda (org.). Direito e psicanálise: intersecções a partir de “O estrangeiro” de Albert Camus. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010. p. 1-27.
MENDÉZ, Miguel Torres; NUNES, Carlos Ramos. Revista Peruana de Derecho y Literatura nº 4. Dedicada al 170 aniversario de Oliver Twist (1839-2009), de Charles Dickens, y al 60 aniversario sobre Los justos (1949-2009), de Albert Camus. Lima: EGACAL, 2015.
OST, François. Raconter la lois aux sources de l’imaginaire juridique. Paris: Odile-Jacob, 2004.
PEPE, Albano Marcos Bastos. Estranhamento, liberdade, a ética kantiana e o direito. In: COUTINHO, Jacinto Nelson Miranda (org.). Direito e psicanálise: intersecções a partir de “O estrangeiro” de Albert Camus. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010. p. 27-34.
SAVONA, Pier Francesco. La logica dell’assurdo di Albert Camus e la filosofia dell’esperienza giuridica di Giuseppe Capograssi: la ‘rivolta’ della prassi e i suoi limiti. In: CASUCCI, Felice (org). Diritto di parola. Napoli: Edizioni Scientifiche Italiane, 2009.
TRINDADE, André Karam; GUBERT, Roberta Magalhães; NETO, Alfredo Copetti. Direito & Literatura. Discurso, imagináro e normatividade. Porto Alegre: Nuria Fabres Editora, 2010.
_____; _____; _____. Direito & Literatura. Reflexões teóricas. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2008.
_____; _____; _____. Direito & Literatura. Ensaios críticos. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2008.
VALDIVIA, Jaime Coaguila. El otro corazón del derecho. 20 ensayos literario jurídicos sobre teoría del derecho. Arequipa: Grupo Editorial Cromeo, 2009. p. 35-38.
VESPAZIANI, Alberto. Costituzione, comparazione, narrazione. Saggi di diritto e letteratura. Torino: Giappichelli Editore, 2012.
WARD, Ian. Law and literature: possibilities and perspectives. Cambridge: Cambridge University Press, 1995.
______. Law, text, terror. Cambridge: Cambridge University Press, 2009.
WEISBERG, Richard. The failure of the word: the protagonist as lawyer in modern fiction. New Haven: Yale University Press, 1989.
WEST, Robin. Narrative, authority & law. Michigan: The University of Michigan Press, 1993.
BIENVENISTE, Émile. Le vocabulaire des institutions indo-européenes. 2. Pouvoir, droit, religion. Paris: Les Éditions de Minuit, 1969.
BINDER, Guyora; WEISBERG, Robert. Literary criticism of law. Princeton: Princeton University Press, 2000.
CAMUS, Albert. L’étranger. Paris: Éditions Gallimard, 1957.
CAMUS, Albert. Les justes. Paris: Gallimard, 1977.
COVER, Robert. Narrative, violence and the law. Michigan: The University of Michigan Press, 2004.
JACKSON, Bernard S. Law, fact and narrative coherence. Merseyside: Deborah Charles Publications, 1988.
______. Making sense in law. Linguistic, psychological and semiotic perspectives. Liverpool: Deborah Charles Publications, 1995.
JUNQUEIRA, Eliane Botelho. Literatura & Direito. Uma outra leitura do mundo das leis. Rio de Janeiro: Letra Capital, 1998.
GONZÁLEZ, José Calvo. La justicia como relato. Ensayo de una semionarrativa sobre los jueces. Málaga: Editorial Ágora, 2002.
MAGRIS, Claudio. Literatura y derecho ante la ley. Madrid: Sexto Piso, 2008.
MARÍ, Enrique Eduardo. La teoria de las ficciones. Buenos Aires: EUDEBA, 2002.
MARQUES NETO, Agostinho Ramalho. O estrangeiro: a justiça absurda. In: COUTINHO, Jacinto Nelson Miranda (org.). Direito e psicanálise: intersecções a partir de “O estrangeiro” de Albert Camus. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010. p. 1-27.
MENDÉZ, Miguel Torres; NUNES, Carlos Ramos. Revista Peruana de Derecho y Literatura nº 4. Dedicada al 170 aniversario de Oliver Twist (1839-2009), de Charles Dickens, y al 60 aniversario sobre Los justos (1949-2009), de Albert Camus. Lima: EGACAL, 2015.
OST, François. Raconter la lois aux sources de l’imaginaire juridique. Paris: Odile-Jacob, 2004.
PEPE, Albano Marcos Bastos. Estranhamento, liberdade, a ética kantiana e o direito. In: COUTINHO, Jacinto Nelson Miranda (org.). Direito e psicanálise: intersecções a partir de “O estrangeiro” de Albert Camus. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010. p. 27-34.
SAVONA, Pier Francesco. La logica dell’assurdo di Albert Camus e la filosofia dell’esperienza giuridica di Giuseppe Capograssi: la ‘rivolta’ della prassi e i suoi limiti. In: CASUCCI, Felice (org). Diritto di parola. Napoli: Edizioni Scientifiche Italiane, 2009.
TRINDADE, André Karam; GUBERT, Roberta Magalhães; NETO, Alfredo Copetti. Direito & Literatura. Discurso, imagináro e normatividade. Porto Alegre: Nuria Fabres Editora, 2010.
_____; _____; _____. Direito & Literatura. Reflexões teóricas. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2008.
_____; _____; _____. Direito & Literatura. Ensaios críticos. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2008.
VALDIVIA, Jaime Coaguila. El otro corazón del derecho. 20 ensayos literario jurídicos sobre teoría del derecho. Arequipa: Grupo Editorial Cromeo, 2009. p. 35-38.
VESPAZIANI, Alberto. Costituzione, comparazione, narrazione. Saggi di diritto e letteratura. Torino: Giappichelli Editore, 2012.
WARD, Ian. Law and literature: possibilities and perspectives. Cambridge: Cambridge University Press, 1995.
______. Law, text, terror. Cambridge: Cambridge University Press, 2009.
WEISBERG, Richard. The failure of the word: the protagonist as lawyer in modern fiction. New Haven: Yale University Press, 1989.
WEST, Robin. Narrative, authority & law. Michigan: The University of Michigan Press, 1993.
Downloads
Arquivos adicionais
Publicado
2016-01-31
Edição
Seção
Artigos
Licença
Proposta de Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).