Percepção dos acadêmicos de enfermagem sobre a humanização do parto e nascimento através da pintura da barriga das gestantes
Resumo
Introdução: Com o passar dos anos, o nascimento deixou de ser um evento essencialmente familiar e de ocorrência domiciliar para ser um ato essencialmente hospitalar. A mudança de cenário de atenção ao parto trouxe consigo o uso inadequado de técnicas assistenciais invasivas e/ou desnecessárias e, como resultando, nascer e parir, que antes era um ato fisiológico, passou a ser algo patológico que retirou da mulher o protagonismo da parturição e descaracterizou o ato de parir. A pintura da barriga das gestantes, além de proporcionar o mapeamento da barriga, que permite a gestante descobrir a posição que seu bebê esta dentro da barriga, é uma técnica frequentemente usada para preparação pró-ativa da paciente para o trabalho de parto e parto, utilizando posicionamento fetal como ponto de partida para variadas explicações. Objetivos: Conhecer a percepção dos acadêmicos de enfermagem da Cesuca sobre a humanização parto e nascimento através da pintura da barriga das gestantes; verificar o perfil sócio demográfico do acadêmico e conhecer a percepção dos acadêmicos de enfermagem sobre os fatores facilitadores e/ou dificultadores da implementação de uma assistência humanizada ao trabalho de parto e nascimento. Metodologia: Trata-se de um estudo qualitativo do tipo exploratório descritivo. A coleta de dados será realizada por meio de entrevista semiestruturada com acadêmicos da faculdade Cesuca que ao cursarem a disciplina realizam a oficina de pintura da barriga das gestantes. Será realizada análise de conteúdo do tipo temática proposta por Bardin. Os aspectos éticos serão respeitados, com a submissão do projeto ao Comitê de Ética e Pesquisa e da Faculdade Cesuca e com a aplicação do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, de acordo com a Resolução 466/2012. Resultados e Discussão: A média de idade dos acadêmicos entrevistados foi de 29 anos, variando entre 21 e 47 anos, 90% eram do sexo feminino e 95% brancos. A maioria dos acadêmicos não possuíam filhos, eram solteiros e moravam com os pais. Dos 90% que trabalhavam, 78% já encontravam-se inseridos na área da saúde, atuando como técnicos em enfermagem. Após análise das transcrições das entrevistas, as falas dos acadêmicos foram agrupadas em três categorias, sendo: humanização do parto e nascimento, sentimentos e vivências dos acadêmicos e sugestões. Sobre humanização do parto, foram citados o empoderamento e respeito as escolhas da mulher; menos intervenções desnecessárias; conforto e proteção; acolhimento, empatia e informação; respeito do tempo de cada mulher. Com relação aos sentimentos e vivências dos acadêmicos foi relatada a felicidade e realização; responder as dúvidas das gestantes; promoção do vínculo do binômio mãe-filho; aprimoramento acadêmico mediante troca de experiências. As sugestões referidas tiveram relação com a melhora na divulgação; entrega de folder educativo; maior visibilidade e encontros mais frequentes; grupos maiores de gestantes; locais diferentes; participação do pai. Considerações Finais: Espera-se, mediante a realização do presente estudo, contribuir para a qualificação do ensino e preparo dos acadêmicos para atuação no cenário assistencial do parto e nascimento de forma humanizada e segura, assim como, contribuir para melhoria da assistência que vem sendo prestada as pacientes.
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